Flores anuais e perenes: como escolher e combinar no jardim
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Resumo
Distinguir entre flores anuais, perenes e até bienais ajuda a criar um jardim mais bonito, resistente e equilibrado. Este artigo explica como cada tipo de planta se comporta e quais as vantagens práticas de misturar diferentes espécies no mesmo espaço.
Jardinar não é apenas plantar ao acaso e esperar que a natureza faça o resto. A escolha entre flores anuais, perenes e bienais tem um impacto direto na beleza do jardim, no tempo investido em manutenção e, claro, no orçamento. Para quem quer um espaço florido da primavera ao outono — ou até o ano inteiro —, convém perceber o papel de cada tipo de planta e como tirar o máximo partido das suas características.
O ciclo de vida das plantas é um dos primeiros fatores a considerar. As flores anuais completam todo o seu percurso — da semente à floração e morte — num único ano. Crescem depressa, dão cor intensa e contínua durante toda a estação e, quando o frio aperta, morrem sem cerimónia. São uma boa opção para quem procura resultados rápidos, quer colorir vasos, bordaduras ou preencher espaços vazios de forma imediata. O custo tende a ser baixo e, para quem gosta, há sempre a possibilidade de guardar sementes para a época seguinte.
Já as flores perenes jogam noutro campeonato. Vivem vários anos, entrando em dormência no inverno e regressando com força na primavera ou no verão seguinte. Algumas, como as peónias ou as margaridas-de-shasta, tornam-se verdadeiros pilares do jardim, florescendo década após década. Mas nem tudo são flores… Literalmente. Ao contrário das anuais, as perenes não costumam florir de forma contínua. Têm os seus períodos próprios e, por vezes, bem curtos.
Além disso, requerem mais atenção no inverno. Em regiões de clima frio, algumas precisam de proteção extra ou de serem desenterradas — como acontece com as dálias. Por outro lado, ao investir em plantas perenes, reduz-se o custo a longo prazo e ganha-se um jardim mais estável e previsível.
As bienais são um caso à parte. Vivem dois anos: no primeiro, dedicam-se a crescer e, só no segundo, presenteiam com flores. Depois, morrem. São menos usadas, mas podem ser interessantes para quem gosta de experimentar ou criar uma aparência natural e campestre. Dedaleiras e malvas-rosas são alguns exemplos.
A verdadeira arte do jardim está em saber conjugar tudo isto. As anuais oferecem a cor imediata e a vivacidade. As perenes garantem estrutura e continuidade. As bienais, quando bem posicionadas, surpreendem. Misturar estas três categorias permite manter o jardim bonito durante toda a estação de crescimento, reduzindo falhas ou períodos sem cor.
Uma dica simples: plantar as perenes em locais fixos e rodeá-las de anuais. Assim, quando as perenes entram em pausa, as anuais mantêm a festa. Claro, convém respeitar as necessidades de cada uma — sobretudo quanto à luz e à rega. É escusado misturar impatiens (que adoram sombra) com equináceas (amantes de sol) no mesmo canteiro.
Outro conselho: agrupar as perenes em números ímpares. Um velho truque de jardinagem que ajuda a criar composições mais naturais e agradáveis ao olhar.
E quanto ao calendário? As perenes devem ser plantadas até um mês antes da primeira geada, para terem tempo de se estabelecer. Quanto às anuais, a regra é simples — plantar sempre que as condições forem favoráveis.
Conclusão
Seja para um jardim exuberante ou um simples canteiro colorido, diferenciar entre flores anuais, perenes e bienais é meio caminho andado para evitar frustrações. As anuais oferecem cor imediata, as perenes trazem estabilidade e as bienais um toque de surpresa. Misturá-las com critério não só garante um espaço bonito durante todo o ano como também permite poupar tempo e dinheiro. Afinal, um jardim bem pensado não exige trabalho constante — exige escolhas certas.
Foto: Freepik
Colaboração de Buzouro
Publicado há 3 meses | Atualizado há 1 mês
Buzouro promove um estilo de vida equilibrado, sustentável e positivo através de práticas diárias que contribuem para o bem-estar individual e coletivo.
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