O truque simples que acelera a germinação das sementes no jardim
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Resumo
Para quem cultiva legumes ou flores em casa, a paciência costuma ser uma companheira habitual. Mas há um pequeno truque que pode reduzir essa espera e ainda dar uma vantagem às plantas: deixar as sementes de molho antes da plantação. Esta técnica simples, pouco falada entre os amadores, é um segredo bem conhecido por muitos horticultores experientes. Mais do que uma superstição de quem gosta de mexer na terra, demolhar sementes baseia-se em princípios naturais — e os resultados podem surpreender.
As sementes são, em essência, cápsulas de vida em espera. Para proteger o embrião da planta, muitas possuem uma camada exterior espessa, feita precisamente para resistir ao frio, à secura, ao ataque de insetos ou até à digestão por animais. Este casaco protetor funciona bem na natureza, mas pode atrasar bastante o processo quando se quer que as plantas brotem rapidamente em casa ou na horta.
É aqui que entra a técnica da demolha. Ao mergulhar as sementes em água durante algumas horas, a casca externa amolece e deixa passar a humidade, o primeiro sinal de que chegou a hora de germinar. O embrião desperta, a energia da planta dirige-se para o crescimento das raízes e dos rebentos, e o processo acelera. Este truque, que não custa praticamente nada, pode poupar dias — até semanas — de espera, um detalhe importante sobretudo em zonas onde a estação de crescimento é curta.
Mas atenção: nem todas as sementes pedem este tratamento. As grandes, com casca rija, beneficiam mais do que as pequenas. Entre os legumes, vale a pena deixar de molho sementes de feijão, ervilhas, abóboras, beterrabas, pimentos, pepinos, milho e acelgas. E se se tratar de feijão ou outras sementes muito duras, convém até dar um pequeno corte na casca — usando uma lima, uma faca ou uma lixa — antes da imersão. Esta técnica, chamada escarificação, ajuda ainda mais a entrada da água.
No mundo das flores, o mesmo se aplica a espécies como chagas, ervilhas-de-cheiro, tremoços ou girassóis. Já sementes finas, como as de alface, tomate, cenoura, manjericão, ou flores como zínias e dedaleiras, dispensam este passo. Não lhes fará mal, mas o efeito na germinação será praticamente nulo. Além disso, sementes muito pequenas podem aglomerar-se quando ficam húmidas, complicando a sementeira.
O processo em si não tem segredos. Escolhem-se as sementes, colocam-se numa taça rasa com água morna — nunca a ferver — e deixam-se demolhar entre 8 a 24 horas, consoante a dureza da casca. Devem ficar num local seco, sem sol direto. O truque está em não exagerar no tempo. Demasiadas horas podem fazer a semente apodrecer ou matar o embrião.
Ao fim do período indicado, basta retirar as sementes que ficaram a boiar — são quase sempre sementes velhas ou danificadas — e guardar quais afundaram. Depois, escorre-se a água, seca-se o excesso de humidade com papel de cozinha e planta-se. O ideal é fazê-lo poucas horas depois, antes que sequem e o embrião volte ao estado de dormência.
Conclusão
Demolhar sementes antes de plantar não é um capricho nem um ritual esotérico de jardineiros. Trata-se de uma técnica simples, lógica e eficaz que respeita o próprio ritmo da natureza e ajuda a dar um arranque saudável às plantas. Quem cultiva para colher — seja legumes para a mesa, flores para o jardim ou ambos — pode ganhar tempo e melhorar os resultados com este pequeno gesto. Afinal, se a água acorda a terra depois da chuva, também acorda a vida que cada semente guarda.
Foto: Freepik
Colaboração de Buzouro
Publicado há 3 meses | Atualizado há 1 mês
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