Como refrescar a casa no verão sem ar condicionado
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Resumo
O verão traz consigo dias mais longos, gelados derretidos em segundos e, claro, casas transformadas em fornos. Para quem não tem ar condicionado — ou simplesmente prefere não o ligar — manter o ambiente fresco parece uma missão impossível. Mas não é. A boa notícia é que existem formas eficazes, criativas e económicas de combater o calor sem recorrer a sistemas de arrefecimento artificial.
A primeira linha de defesa contra o calor entra, literalmente, pela janela. Deixar as janelas descobertas nas horas mais quentes é um convite aberto ao forno solar. Cortinas opacas, persianas térmicos ou até um toldo bem posicionado podem reduzir significativamente a temperatura interior. Uma boa película refletora também ajuda a manter o calor fora, como se a casa estivesse de óculos de sol.
Depois há as ventoinhas. Esses aliados de longa data funcionam melhor quando usados com estratégia. Uma ventoinha virada para fora durante o dia ajuda a expulsar o ar quente, enquanto à noite, com o ar mais fresco, deve soprar para dentro. Um truque clássico — mas eficaz — consiste em colocar uma taça com gelo em frente ao ventoinha, criando uma brisa improvisada ao estilo “mini Polo Norte”.
Os exaustores, geralmente esquecidos, também têm um papel a desempenhar. Ventoinhas de casa de banho e exaustores de cozinha retiram o calor e a humidade acumulada. E não, não é só quando se toma um duche escaldante ou se faz um cozido à portuguesa. Ligar estes aparelhos durante o dia ajuda a renovar o ar e aliviar a sensação de abafamento.
A luz também aquece. E não estamos a falar do pôr do sol na praia. As lâmpadas incandescentes são especialistas em transformar energia elétrica em calor. Trocar por LED é duplamente inteligente: gasta-se menos e a sua casa parece menos uma torradeira. Desligar as luzes desnecessárias é outro passo simples — e gratuito — para refrescar o ambiente.
Cozinhar no forno em pleno julho é um convite ao sofrimento. Melhor mesmo é mudar o menu. Saladas frias, fruta da época e grelhados ao ar livre mantêm o calor na rua e a frescura em casa. Também vale a pena adiar a utilização de aparelhos como torradeiras, ferros de engomar ou máquinas de secar. Se for possível, secar a roupa ao sol é um regresso à simplicidade com benefícios climáticos.
Quando o sol se põe, a casa pode finalmente respirar. Abrir as janelas ao final do dia permite aproveitar a brisa noturna. Basta não esquecer de fechar tudo ao amanhecer — o calor madruga.
A cama, esse santuário de descanso, transforma-se facilmente num microclima tropical. Para evitar noites em branco, invista em tecidos naturais como o algodão ou o linho. Almofadas de trigo-sarraceno, por exemplo, são uma solução curiosa, mas eficaz, já que não retêm calor. Um truque ousado — e refrescante — é colocar os lençóis no congelador por uns minutos antes de dormir. Ou dormir com lençóis ligeiramente húmidos e um ventoinha a soprar por perto. Pode parecer estranho, mas funciona.
Outra dica simples é dormir mais perto do chão. O calor sobe, o que significa que o ar mais fresco anda rasteirinha. Se tiver cave, sofá no rés do chão ou até um colchão no chão, aproveite.
Por fim, há que cuidar do corpo. Beber água fresca, usar roupas leves e claras, evitar bebidas alcoólicas e aplicar compressas frias nos pulsos ou pescoço são formas rápidas e eficazes de baixar a temperatura corporal. Afinal, refrescar-se começa dentro de si.
Conclusão
Não ter ar condicionado não significa viver num forno todo o verão. Com alguns ajustes e truques engenhosos, é possível transformar a casa num refúgio fresco e confortável, mesmo nos dias mais escaldantes. Mais do que depender de tecnologia, trata-se de aproveitar o que já existe com inteligência e criatividade. E quem sabe, até a carteira agradece no fim do mês.
Foto: Freepik
Colaboração de Buzouro
Publicado há 5 meses | Atualizado há 1 mês
Buzouro promove um estilo de vida equilibrado, sustentável e positivo através de práticas diárias que contribuem para o bem-estar individual e coletivo.
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