9 formas diferentes de celebrar o Natal sem perder o espírito da época
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Resumo
Este Natal não tem que ser igual aos anteriores, certo? Não se trata de abandonar as tradições, mas de as alongar com novas ideias mais leves, mais sustentáveis, mais inclusivas e, sobretudo, mais humanas. Descubra como transformar a quadra numa celebração que surpreende, une e até poupa umas moedas (sem culpa).
O Natal, por natureza, é uma época de repetição: as mesmas músicas, os mesmos enfeites, o mesmo presunto que, convenhamos, já deve ter feito alguns comentários sarcásticos sobre a sua própria persistência. Mas repetição não tem de significar rotina. Pelo contrário: pode ser o ponto de partida para experimentar algo novo, sem isso custar mais tempo, dinheiro ou paciência. Afinal, o que verdadeiramente define um Natal memorável não é o brilho da árvore, mas a luz que se acende nas pessoas à volta da mesa. Este ano, há nove formas simples e profundamente satisfatórias de celebrar de forma diferente. E nenhuma exige que use um gorro de rena (a menos que queira, claro).
1. Comece uma nova tradição familiar simples, mas com pegada
Tradições não nascem de um catálogo IKEA; nascem de momentos partilhados. Uma noite em que todos vestem pijamas a condizer (mesmo o tio que insiste que “não é o estilo dele”). Um calendário do Advento feito em casa, com pequenas surpresas não materiais um abraço prometido, uma história contada, meia hora sem telemóveis. Ou um pote da gratidão, onde cada pessoa escreve, ao longo do mês, uma coisa pela qual se sente agradecida. Ao fim do ano, leem-se em voz alta, à luz das velas. Soa quase cliché? Talvez. Mas quando alguém diz “hoje agradeci por aparecerem em casa com sopa quando estive doente”, o cliché dissolve-se em verdade.
2. Sirva um jantar não tradicional sem culpa gastronómica
Não há lei universal que diga que o Natal pede peru assado, batatas gratinadas e um molho que demora três horas a congelar no frigorífico. Um jantar colaborativo de sopas (cada família traz uma panela), uma refeição inspirada num país que ninguém ainda visitou, ou até um takeaway de um restaurante local que merece apoio são opções que libertam tempo, energia e espaço na pia. O que conta não é o cardápio, mas a disposição com que se partilha a mesa. E, entre nós: se alguém reclamar da ausência do presunto, ofereça-lhe um sanduíche de sobras no dia seguinte. É uma tradição nova, chamada “compromisso”.
3. Embrulhe os presentes em tecido e ponha o papel de embrulho em reforma
O papel de presente é o único material que se transforma em lixo antes de o presente ser aberto. Os embrulhos em tecido sobretudo a técnica japonesa "furoshiki" são elegantes, reutilizáveis e, com o tempo, ganham personalidade. Um lenço usado em 2025 pode voltar em 2026 com um nó diferente, contando outra história. Além disso, poupa-se dinheiro, espaço no armário e um pouco de consciência ambiental sem precisar de fazer um discurso ecológico durante o almoço.
4. Organize um encontro virtual com alma, não só com ecrã
As famílias hoje são geográficas, mas não deixam de ser laços. Um encontro via Zoom pode parecer pálido, mas não precisa de ser. Cozer bolachas ao mesmo tempo (com uma receita acordada antes), cantar desafinadamente All I Want for Christmas Is You, ou assistir a O Feiticeiro de Oz (sim, há quem o considere um filme de Natal) com o Teleparty transforma o ecrã numa janela, não numa barreira. A distância mede-se em quilómetros; a presença, em atenção.
5. Decore como a avó com carinho, não com kitsch
As árvores de cerâmica, as luzes quentes, as peças feitas à mão, as aldeias de Natal que ocupam metade da sala… há beleza na estética “vintage”, sobretudo quando vem carregada de memória. Em vez de perseguir o “último trend” nas redes sociais, procure nas caixas do sótão. Uma peça da avó, mesmo desbotada, tem mais alma do que uma dúzia de ornamentos instagramáveis. E, quem sabe, ao montar a velha aldeia, ouça-se uma história que ninguém contava desde 1998.
6. Retribua porque o Natal também se mede em gestos
Dar é bom. Dar sem esperar retorno é ainda melhor. Um turno num banco alimentar, um cabaz para uma família em dificuldade, um postal escrito à mão para alguém que está sozinho são gestos que não aparecem nas contas, mas que fazem a diferença no saldo do ano. E, curiosamente, quem dá acaba por sentir-se mais leve. A época é de celebração, mas também de responsabilidade. E essa é a tradição mais antiga de todas.
7. Adote tradições de outras culturas com respeito e curiosidade
O Natal é uma festa cristã, mas a quadra de fim de ano é global. Que tal aprender a história do Hanukkah e fazer latkes em família? Ou experimentar a Festa dos Sete Peixes, típica da véspera de Natal em muitas famílias italianas? Não se trata de apropriação, mas de apreciação: de ouvir, perguntar, cozinhar devagar e celebrar com humildade. O mundo cabe melhor na sala de estar quando se abre espaço para outras vozes.
8. Jogue um novo jogo de Natal que não envolva o Monopólio
O “Amigo Secreto” já deu o que tinha a dar. Experimente o jogo “Passe o Presente”, com um poema cheio de “esquerdas” e “direitas”, ou um “Caça ao Tesouro Natalício” pela casa (pistas escritas como versos ruins, prémio: chocolate quente). O segredo está em manter as regras simples, o humor presente e o espírito competitivo bem abaixo do nível do tio que leva tudo a sério.
9. Ofereça presentes úteis, sim, é romântico
Um rolo de papel de cozinha não é um bom presente. Mas um eletrodoméstico que resolve um problema diário? Um kit de refeições que liberte tempo nas noites cansadas? Um vale para uma manhã de descanso (com café incluído e crianças afastadas)? São presentes que dizem: “vi-te. Percebi-te. Quero que o teu dia a dia seja menos pesado”. E isso, sim, é amor em ação.
Conclusão
Celebrar o Natal de forma diferente não significa reinventar a roda, basta girá-la com mais leveza. O essencial não mudou: é tempo de pausa, de reconexão, de memória e esperança. Mas se, este ano, a árvore for mais pequena, o jantar menos formal, os presentes mais conscientes e as risadas mais espontâneas… então a quadra cumpriu o seu papel. Não se trata de ter um Natal perfeito, mas de ter um Natal verdadeiro com espaço para o novo, o velho, o simples e o surpreendente. Afinal, os melhores presentes nunca vêm embrulhados. Vêm em silêncios partilhados, em gestos repetidos e em novos começos, mesmo que seja só com um lenço de algodão e uma ideia.
Foto: Freepik Curadoria: Buzouro Autoria do Texto Original: Emily Williams Data de Publicação Original: 6 de novembro de 2024
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