Viajar é uma maravilha — até se meter ao volante. Explorar o mundo ao ritmo próprio parece uma ideia tentadora. Alugar um carro, delinear um roteiro e partir à descoberta soa a liberdade. Porém, há países onde conduzir pode transformar-se numa verdadeira prova de resistência, não só para o carro, mas, sobretudo, para a paciência e o bom senso de quem se atreve.
Quando conduzir deixa de ser um prazer e passa a ser um desafio
Em muitas regiões do mundo, conduzir é tão natural como respirar. Na América do Norte, por exemplo, as estradas largas e bem sinalizadas incentivam a pegar no carro até para ir ao café da esquina. Contudo, fora desse cenário, há realidades bem diferentes. Não basta apresentar a carta internacional ou confiar que o seguro do cartão de crédito resolve tudo. Nalguns países, há que estar preparado para enfrentar o caos absoluto, onde regras parecem meras sugestões e as estradas mais parecem campos de batalha.
Este artigo revela cinco destinos onde, mais do que um volante, se recomendaria um capacete. Não são lugares para quem procura férias descansadas ao volante.
1. Filipinas: o caos sobre rodas
As Filipinas são um país rico em história e cultura. De Manila às ilhas mais remotas, há paisagens que cortam a respiração e histórias de resistência que impressionam. Contudo, o trânsito é tudo menos encantador. Manila, a capital, lidera o ranking das cidades mais caóticas para conduzir.
Engarrafamentos intermináveis, estradas em estado lastimável, falta de bermas e uma convivência constante com o perigo fazem parte do pacote. Conduzir nas Filipinas não exige apenas reflexos rápidos — pede nervos de aço e um instinto de sobrevivência bem apurado.
2. América Central: conduzir num terreno minado pela corrupção
El Salvador lidera a lista dos países menos recomendáveis para conduzir, mas não está sozinho. Guatemala, Costa Rica, Nicarágua e Panamá também se destacam — pela negativa. Para além das más condições das estradas e da fraca sinalização, há ainda o pequeno detalhe das autoridades locais.
Problemas com polícias corruptos ou abordagens questionáveis são quase tão comuns como buracos nas estradas. Quem pensa alugar um carro na América Central, talvez devesse considerar outra forma de viajar — ou, pelo menos, levar um manual de diplomacia e muita paciência.
3. América do Sul: onde a estrada é um campo de batalha
Na Venezuela e na Colômbia, o trânsito é um espetáculo… mas não pelos melhores motivos. Bogotá, a capital colombiana, vive mergulhada num tráfego denso, caótico e por vezes francamente perigoso.
A Colômbia não se destaca apenas pelas questões de segurança pública — também lidera as estatísticas pelas piores experiências ao volante. Conduzir por estas paragens equivale a enfrentar não só o trânsito, mas também um conjunto de riscos que tornam a viagem uma aventura de alto risco.
4. Indonésia: entre a beleza natural e o caos urbano
Bali é um destino de sonho, mas conduzir, por lá é um pesadelo. E o resto da Indonésia não fica atrás. O trânsito nas cidades é um desafio constante: filas intermináveis, motas a circular em todas as direções, sinalização escassa e um estilo de condução que roça a anarquia.
Jacarta, a capital, é um exemplo gritante desta realidade. E para quem pensa que o maior perigo em viagem são os desastres naturais ou pequenos crimes, convém lembrar que os acidentes rodoviários são uma das principais causas de morte entre turistas na Indonésia.
5. Roménia: o pior da Europa em matéria de condução
A Roménia tem paisagens deslumbrantes, castelos imponentes e histórias fascinantes. Mas as estradas? Essas ficam bem longe de ser um conto de fadas.
Foi o único país europeu a entrar na lista dos dez piores do mundo para conduzir, segundo o índice da Waze. Bucareste, a capital, junta estradas mal conservadas, condutores pouco disciplinados e um ambiente de trânsito onde a lei é mais teoria do que prática. O próprio povo local desaconselha, sem rodeios, aventurar-se a conduzir por lá.
Conclusão: conduzir nem sempre é a melhor opção
A liberdade de explorar ao volante tem um preço — e nalguns casos, é um preço bem alto. Antes de alugar um carro no estrangeiro, vale a pena pesquisar, avaliar os riscos e considerar alternativas mais seguras e confortáveis. Porque há destinos onde conduzir pode arruinar umas férias… ou algo pior.
Viajar é abrir horizontes, mas também é saber quando largar o volante e confiar num motorista local — ou, simplesmente, explorar a pé ou de transportes públicos. Em certas partes do mundo, essa escolha pode fazer toda a diferença entre uma aventura inesquecível e um pesadelo rodoviário.
Foto: Freepik
Colaboração de Buzouro
Publicado há 3 meses | Atualizado há 1 mês
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