Como pedir assistência com cadeira de rodas ou carrinho no aeroporto
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Resumo
Viajar pode ser desafiante para quem tem mobilidade reduzida. Felizmente, os aeroportos e companhias aéreas são obrigados a prestar assistência, mas é essencial saber como e quando solicitar esse apoio para garantir uma experiência tranquila.
Chegar a um aeroporto movimentado pode ser stressante, mesmo para quem está habituado a viajar. Agora imagine esse cenário para alguém com dificuldades de mobilidade. Entre filas, controlos de segurança e longas caminhadas até ao portão de embarque, o processo pode tornar-se verdadeiramente desgastante. Mas há boas notícias: as companhias aéreas são legalmente obrigadas a prestar apoio a passageiros com mobilidade reduzida, desde que esse pedido seja feito de forma adequada e atempada.
No entanto, muitas pessoas não sabem como aceder a esse direito ou assumem que é um processo complicado. Este artigo explica, de forma clara e prática, como pedir uma cadeira de rodas ou carrinho no aeroporto, o que esperar e quais os cuidados a ter para evitar surpresas desagradáveis.
1. O que diz a lei?
Desde 1986, a legislação obriga as companhias aéreas a disponibilizar gratuitamente cadeiras de rodas ou assistência equivalente a qualquer passageiro que o solicite. Não é necessário apresentar qualquer tipo de atestado médico ou justificativo. Basta declarar a necessidade de apoio para que o pedido seja validado.
Embora a regulamentação americana (referida no texto original) sirva de base, também na União Europeia a legislação é clara: passageiros com mobilidade reduzida têm direito a assistência gratuita em todos os aeroportos da UE. Isso inclui deslocações dentro do terminal, apoio nos controlos de segurança e ajuda no embarque e desembarque.
2. Quando e como fazer o pedido
O ideal é solicitar a assistência no momento em que se reserva o voo. Se isso não for possível, deve-se contactar a companhia aérea pelo menos 48 horas antes da partida. Quanto mais cedo o pedido for feito, maior a probabilidade de o serviço estar pronto à chegada.
É importante indicar com clareza o tipo de apoio necessário: se será apenas uma cadeira de rodas para atravessar o aeroporto, se há necessidade de assistência dentro da aeronave, ou se é preciso ajuda contínua desde o check-in até ao embarque.
Depois do pedido ser confirmado, a informação será incluída no registo do passageiro e estará visível para os funcionários do aeroporto no dia da viagem.
3. Quem tem direito?
Qualquer pessoa que se identifique como portadora de uma limitação física ou dificuldade de locomoção. Não é preciso estar completamente imóvel. As companhias aéreas geralmente utilizam quatro categorias para classificar o tipo de apoio necessário:
Passageiros que conseguem caminhar até à porta do avião, mas precisam de ajuda dentro do aeroporto.
Passageiros que não sobem escadas e precisam de cadeira de rodas entre o terminal e a aeronave.
Passageiros com mobilidade reduzida nos membros inferiores e que necessitam de ajuda no embarque.
Passageiros que não conseguem deslocar-se sem assistência, desde a chegada ao aeroporto até ao embarque.
4. Chegada ao aeroporto: o que esperar
Ao chegar ao aeroporto, deve-se informar imediatamente o pessoal da companhia aérea sobre a assistência solicitada. Caso o pedido tenha sido registado corretamente, haverá um assistente com uma cadeira de rodas ou carrinho à espera.
O assistente acompanhará o passageiro durante todo o processo: desde o check-in, passando pela segurança, até ao portão de embarque. Nos grandes aeroportos, é comum o uso de carrinhos elétricos para percorrer distâncias maiores.
Se a viagem envolver escalas ou ligações, deve-se confirmar com antecedência que a assistência estará disponível também nos pontos de transferência e no destino final.
5. Embarque, voo e chegada
Algumas companhias aéreas dispõem de cadeiras de rodas específicas para utilização dentro da aeronave. Noutros casos, o embarque é feito com ajuda de elevadores ou plataformas móveis.
É fundamental chegar ao aeroporto com tempo: pelo menos duas horas antes da partida. Para passageiros com cadeira de rodas elétrica, scooter ou outro dispositivo com bateria, o check-in e embarque devem ocorrer com pelo menos 45 minutos de antecedência. Para dispositivos manuais, bastam 30 minutos.
Na chegada ao destino, um funcionário estará à espera à saída do avião para prestar assistência e acompanhar o passageiro até à recolha de bagagem ou zona de saída.
Conclusão
Viajar com mobilidade reduzida não precisa de ser uma experiência caótica. Com planeamento, informação e comunicação atempada com a companhia aérea, é possível garantir uma viagem confortável e sem sobressaltos.
A assistência existe, é gratuita e está garantida por lei. Mas cabe a cada passageiro dar o primeiro passo: pedir ajuda. Não se trata de um favor — é um direito. E um aeroporto que cumpre esse dever torna-se mais acessível, mais justo e mais humano.
Foto: Freepik
Colaboração de Buzouro
Publicado há 3 meses | Atualizado há 1 mês
Buzouro promove um estilo de vida equilibrado, sustentável e positivo através de práticas diárias que contribuem para o bem-estar individual e coletivo.
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