Descobrir Portugal: praias escondidas e vilas tranquilas para escapar ao caos
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Resumo
Em busca de locais calmos, longe das multidões, onde o tempo abranda e a natureza ainda tem voz? Portugal guarda segredos bem guardados, entre falésias, rios, aldeias de xisto e praias quase desertas. Este guia propõe destinos perfeitos para quem procura tranquilidade — sem abdicar da beleza.
Nem todos os verões precisam de multidões, filas para estacionar e toalhas coladas na areia. Em Portugal, ainda é possível encontrar praias escondidas, aldeias serenas e vilas costeiras onde a palavra “pressa” perdeu o significado. Para quem valoriza o silêncio, o espaço e o contacto direto com a natureza, há muito por descobrir — basta saber onde procurar.
Este roteiro percorre o litoral e o interior, com paragens em lugares onde o tempo corre devagar. Do Algarve ao Alentejo, passando pela Serra da Lousã, é possível viver o país com outro ritmo. Ideal para famílias cansadas do rebuliço, casais que procuram reencontro ou grupos de amigos em busca de natureza e autenticidade.
1. Praias onde reina o silêncio
Praia da Amália (Costa Vicentina, Alentejo) Escondida entre vegetação e falésias, esta praia é um recanto de paz. O trilho até lá já convida à introspeção e, no fim, uma cascata desagua sobre a areia. Ideal para famílias ou casais. Pouca gente, muita natureza.
Praia do Carvalho (Lagoa, Algarve) Com acesso por um túnel escavado na rocha, esta pequena enseada parece saída de um postal. Falésias laranjas, mar calmo, ideal para nadar ou fazer paddle. E o melhor: bem menos turistas que nas vizinhas.
Praia da Ribeira do Cavalo (Sesimbra) Chega-se a pé (vinte minutos) ou de barco. Mas vale o esforço: mar turquesa, falésias douradas e um cenário quase intocado. Perfeita para fugir da cidade — a apenas uma hora de Lisboa.
Praia da Murração (Costa Vicentina) Nada de bares, espreguiçadeiras ou vendedores. Apenas mar, areia e céu. A estrada de terra até lá já afasta os impacientes. Ótima para surfistas ou quem procura contemplação total.
Cacela Velha (Algarve oriental) Atravessa-se a pé na maré baixa ou de barco. Longa, tranquila, de águas quentes e calmas. Perfeita para famílias. E no final, a aldeia compensa o passeio com boa comida e vistas de postal.
Vila Nova de Milfontes À beira do rio Mira, mistura campo e praia. Menos explorada do que outras zonas do Alentejo, continua fiel ao seu ritmo lento. Comida honesta, ambiente familiar e muito espaço para respirar.
Porto Covo Pequena, piscatória, charmosa. Boa base para explorar as praias da Costa Vicentina, sem pressas nem filas. Ideal para quem gosta de acordar com cheiro a mar e peixe fresco na grelha.
Salema e Burgau (Algarve oeste) Duas vilas que escaparam ao turismo de massas. Salema oferece paisagens fósseis com pegadas de dinossauros; Burgau é perfeita para caminhadas costeiras e descanso absoluto.
Ferragudo (Algarve) Ruas estreitas, casas brancas, esplanadas sossegadas. Aqui, é possível passar dias inteiros a ver o rio Arade correr, com um copo de vinho e sem preocupações.
No coração de Portugal, longe das praias, há aldeias como Talasnal ou Cerdeira, onde o tempo parou. Perfeitas para caminhadas, mergulhos em praias fluviais e refeições lentas, com sabores locais. A chanfana aqui ainda é feita como se fazia há cem anos.
Marvão (Alentejo interior) No alto de uma serra, esta aldeia medieval oferece vistas sem fim e silêncio absoluto. Com trilhos, história e alojamento com charme, é o refúgio ideal para quem precisa mesmo de parar.
Evitar horários de pico: chegar cedo ou ao final da tarde garante tranquilidade.
Levar o essencial: muitas praias não têm cafés, sombras ou sanitários.
Alugar carro ajuda: alguns acessos são por trilhos ou caminhos de terra.
Consultar a maré: em locais como Cacela Velha ou Ribeira do Cavalo, o nível da água faz diferença.
Conclusão
Portugal é pequeno em território, mas imenso em lugares que merecem ser descobertos com tempo e calma. Estes recantos não têm discotecas nem bares de praia com som alto — e ainda bem. São ideais para quem prefere mergulhar no silêncio, caminhar sem rumo, saborear um prato simples e olhar o mar sem pressa. Viajar assim não é apenas turismo; é autocuidado.
Antes de marcar o próximo voo para fora, talvez valha a pena olhar para dentro. O país guarda paisagens que curam e vilas onde ainda se ouve o som das pedras a aquecer ao sol. E isso, hoje em dia, é raro. E precioso.
Foto: Freepik
Colaboração de Buzouro
Publicado há 1 mês | Atualizado há 3 semanas
Buzouro promove um estilo de vida equilibrado, sustentável e positivo através de práticas diárias que contribuem para o bem-estar individual e coletivo.
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