Está a consumir demasiado açúcar? Conheça os 7 riscos que não deve ignorar
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Resumo
Hábitos alimentares aparentemente inofensivos podem esconder um consumo elevado de açúcares adicionados. Saiba quais os riscos reais para a saúde, descubra como o açúcar se infiltra na alimentação e aprenda estratégias práticas para o reduzir sem perder o prazer de comer.
O açúcar faz parte da cultura alimentar há séculos. Está em bolos, doces, refrigerantes, mas também onde menos se espera — desde molhos a cereais ditos “saudáveis”. O problema não é o açúcar em si, mas a quantidade. Estudos mostram que a maioria das pessoas consome bem mais do que o recomendado, muitas vezes sem se aperceber. Esta realidade tem implicações sérias na saúde. Se sente fadiga frequente, nota alterações no humor ou tem vindo a ganhar peso sem explicação clara, talvez seja altura de espreitar com atenção o açúcar escondido no seu prato.
1. Risco aumentado de doenças cardiovasculares
O consumo excessivo de açúcar tem uma ligação direta com as doenças cardíacas. A ingestão regular de quantidades acima do recomendado contribui para inflamação, aumento da pressão arterial e desequilíbrios nos níveis de colesterol. Estudos indicam que quem consome 17% a 21% das calorias diárias a partir de açúcar adicionado tem um risco 38% maior de morte por doença cardiovascular, comparando com quem limita esse valor a 8%. A diferença é significativa — e, felizmente, reversível com mudanças simples.
2. Maior probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2
Açúcar e diabetes formam uma dupla conhecida. Mas o que poucos sabem é que o aumento do risco pode surgir mesmo em pessoas aparentemente saudáveis. Um aumento diário de apenas 150 calorias provenientes de açúcar está associado a um crescimento de 1,1% nos casos de diabetes tipo 2 na população. O açúcar sobrecarrega o metabolismo e pode levar à resistência à insulina, um precursor silencioso da doença.
3. Maior risco de certos tipos de cancro
Embora a relação entre o açúcar e o cancro não seja linear, sabe-se que o consumo exagerado está ligado a fatores que favorecem o desenvolvimento da doença: obesidade, inflamação crónica e resistência à insulina. Estes três elementos criam um ambiente propício à proliferação de células cancerígenas, especialmente em cancros hormonais e do trato digestivo.
4. Problemas de pele, incluindo acne
O que se come nota-se na pele. Um estudo francês com mais de 24.000 participantes revelou que bebidas ricas em açúcar e gordura estavam associadas ao aumento da acne na idade adulta. A explicação está no impacto do açúcar nos níveis hormonais e na inflamação cutânea. Substituir refrigerantes por água ou infusões pode fazer mais pela pele do que muitos cremes.
5. Gota: inflamação dolorosa nas articulações
Consumir grandes quantidades de açúcar — especialmente na forma de frutose — pode elevar os níveis de ácido úrico, substância que, em excesso, provoca gota. Esta forma de artrite inflamatória causa dores intensas nas articulações, especialmente nos pés. Pequenas mudanças alimentares, como trocar bebidas açucaradas por opções naturais, reduzem significativamente o risco.
6. Energia em baixa e fadiga constante
Há quem recorra a doces em busca de energia rápida. O problema é que o efeito é passageiro. Após o pico de glicose, segue-se uma quebra abrupta, conhecida por “crash” de açúcar, que causa cansaço, irritabilidade e falta de concentração. Vários estudos concluíram que os alimentos ricos em açúcar não melhoram o humor nem o desempenho cognitivo — antes pelo contrário.
7. Maior propensão para depressão
O açúcar pode estar por trás de alterações emocionais mais sérias. Uma investigação com mais de 60.000 mulheres mostrou uma ligação clara entre altos níveis de açúcar adicionado e maior probabilidade de desenvolver depressão. A explicação está na relação entre o açúcar, a inflamação cerebral e a resposta hormonal ao stress.
Como reduzir o consumo de açúcar (sem dramas)
Reformule as bebidas: evite refrigerantes, chás engarrafados e sumos industrializados. Prefira água, infusões ou água aromatizada em casa.
Escolha as batalhas: reserve os doces para momentos verdadeiramente especiais. Se algo não for um favorito absoluto, é inútil o sacrifício.
Compense com equilíbrio: quer sobremesa? Troque o prato principal por algo mais leve, com vegetais e proteína.
Leia os rótulos: açúcar não se apresenta sempre com o nome “açúcar”. Palavras terminadas em “-ose” (como dextrose, frutose) e xaropes disfarçam a verdadeira quantidade adicionada.
Volte ao básico: alimentação baseada em produtos frescos, minimamente processados, corta de forma natural os excessos.
Conclusão
O açúcar não precisa de ser eliminado da alimentação — mas deve ser tratado com respeito. O seu excesso está ligado a doenças crónicas, perda de energia e até alterações de humor. A boa notícia é que as melhorias surgem rapidamente com mudanças pequenas, mas consistentes. Comer bem não tem de ser um castigo, basta aprender a escolher melhor. Afinal, o verdadeiro sabor está na saúde.
Foto: Freepik
Colaboração de Buzouro
Publicado há 2 meses | Atualizado há 1 mês
Buzouro promove um estilo de vida equilibrado, sustentável e positivo através de práticas diárias que contribuem para o bem-estar individual e coletivo.
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