Como escolher o tamanho certo do ar condicionado sem suar a fazer cálculos
00:00 - 00:00
(0)
Opiniões (0)
Resumo
Quando o calor aperta, há poucas coisas mais reconfortantes do que entrar em casa e sentir aquele ar fresco e seco que só um bom ar condicionado sabe proporcionar. Mas atenção: nem todos os aparelhos são criados da mesma forma, e escolher um com o tamanho errado pode ser como usar um casaco de inverno em Agosto — desconfortável, caro e completamente desnecessário.
O tamanho de um ar condicionado não tem a ver com o espaço que ocupa na sala, mas sim com a sua capacidade de arrefecimento. E se for demasiado pequeno, vai trabalhar horas extra, consumir mais energia e ainda assim deixar o ambiente abafado. Por outro lado, um aparelho demasiado potente pode arrefecer rápido demais, sem desumidificar o ar como deve ser — além de elevar a conta da luz. E ninguém quer pagar mais para suar menos.
A importância dos BTUs: mais do que uma sigla complicada
A unidade de medida que interessa aqui chama-se BTU, ou British Thermal Unit. Não é britânica, nem térmica no sentido tradicional, mas serve para medir a energia necessária para aquecer — ou neste caso, arrefecer — espaços. Quanto mais BTUs, maior a capacidade do aparelho.
Uma regra prática usada por profissionais é simples: 20 BTUs por metro quadrado. Portanto, se a sala tem 30 m², o ar condicionado deve ter cerca de 6000 BTUs. Claro que isto não é uma ciência exata. Existem vários factores que podem baralhar esta conta, como a exposição solar, a altura do teto ou o número de janelas.
Fatores que influenciam (e muito) a escolha
Antes de ir à loja mais próxima ou encher o carrinho de compras online, vale a pena parar para analisar alguns aspectos da casa:
Clima e localização: quem vive no Algarve precisa de mais potência do que quem vive na Serra da Estrela.
Cor e materiais: casas com paredes escuras absorvem mais calor. É física simples e cruel.
Exposição solar: uma sala com janelas viradas a sul vai apanhar mais sol e precisar de mais BTUs.
Isolamento: se a casa foi construída quando a televisão ainda era a preto e branco, convém verificar se há isolamento suficiente.
Janelas com fugas: pequenos buracos podem tornar o ar condicionado num guerreiro em luta desigual.
Altura do teto: o cálculo padrão assume 2,7 metros. Se o teto for mais alto, são precisos mais BTUs.
Fazer as contas sem complicar
Para divisões de formato regular, basta multiplicar comprimento por largura. Se for uma sala triangular, multiplica-se e divide-se por dois. E se tiver cantos estranhos, faz-se em partes, como quem resolve um puzzle.
Após saber a área, multiplica-se por 20 BTUs. Mas atenção: isto é o mínimo necessário. Se a sala estiver sempre exposta ao sol, o melhor é acrescentar alguns milhares de BTUs só por precaução.
Por exemplo, uma casa com 180 m² precisa de, pelo menos, 36.000 BTUs. Mas se for mal isolada e tiver grandes janelas viradas a sul, o ideal pode ser subir para 40.000 ou 45.000 BTUs.
Eficiência energética: gastar menos a longo prazo
Os aparelhos com boa classificação SEER (Índice de Eficiência Energética Sazonal) consomem menos energia. Uma unidade com SEER 14 consome até 35% menos do que uma com SEER 9. E sim, podem custar mais no início, mas o investimento compensa ao fim de poucos verões — e evita surpresas na fatura da luz.
Também vale a pena procurar aparelhos com certificação ENERGY STAR. Esta etiqueta indica que o equipamento foi desenhado para consumir menos energia e ser mais amigo do ambiente.
Conclusão: frescura com inteligência
Escolher um ar condicionado não é uma questão de ir ao supermercado e trazer o modelo que está em promoção. É um equilíbrio entre potência, consumo e conforto. E com as temperaturas cada vez mais imprevisíveis, fazer esta escolha com critério pode ser a diferença entre viver num forno ou numa ilha tropical (sem os mosquitos).
Portanto, antes de ligar o ar condicionado e mergulhar no sofá, vale a pena fazer as contas, considerar os fatores da casa e optar por um modelo eficiente. Porque conforto e inteligência andam bem de mãos dadas — especialmente no verão.
Foto: Freepik
Colaboração de Buzouro
Publicado há 5 meses | Atualizado há 1 mês
Buzouro promove um estilo de vida equilibrado, sustentável e positivo através de práticas diárias que contribuem para o bem-estar individual e coletivo.
Ainda não existem comentários. Seja o primeiro a fazer um comentário.
Aviso de Cookies: Ao aceder a este site, são coletados dados referentes ao seu dispositivo, bem como cookies, para agilizar o funcionamento dos nossos sistemas e fornecer conteúdos personalizados. Para saber mais sobre os cookies, veja a nossa política de privacidade. Para aceitar, clique no botão "Aceitar e Fechar".
Comentários