Como preparar um ambiente antes de começar a pintar
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Resumo
Preparar uma divisão para ser pintada não é, à partida, o passatempo favorito de ninguém. Mas quem já tentou pintar uma parede sem limpar, remendar ou proteger o que devia, sabe bem o resultado: tinta em sítios errados, móveis manchados e um remorso persistente a cada pincelada. A boa notícia é que com algum método e umas quantas manobras simples, qualquer um consegue transformar um espaço desorganizado num cenário digno de revista de decoração — ou, pelo menos, num lugar onde a tinta vai parar onde deve.
Então, antes de abrir a lata e atacar a parede com entusiasmo, vale a pena investir algum tempo na preparação. Aqui ficam as etapas essenciais para garantir que o trabalho corre bem e que, no fim, se possa olhar para a parede com orgulho e não com arrependimento.
Abrir espaço (literalmente)
Antes de mais nada, é preciso libertar o terreno. Móveis grandes? Fora da sala. Os mais difíceis de remover podem ser empurrados para o centro e cobertos com uma lona. Sim, mesmo aquele aparador que já não mexe há três anos. A ideia é evitar qualquer acidente com salpicos.
Depois, toca a desmontar: cortinados, candeeiros, quadros, tampas de tomadas, espelhos de interruptores — tudo o que estiver preso à parede ou possa ser salpicado. Uma chave de fendas elétrica pode ser a melhor amiga nesta fase. E se houver alguma peça que pareça ter sido montada por um génio do IKEA sob o efeito de cafeína, fotografa-se antes de desmontar. Evita dores de cabeça depois.
Tratar da superfície (não vale pintar por cima do desastre)
Uma parede com fissuras, buracos ou tinta a descascar é inimiga de um acabamento bonito. Primeiro, raspa-se a tinta solta com uma espátula e lixa-se com carinho — um grão 220 faz o serviço. Depois, remendam-se os danos: buracos com massa corrida, fissuras com massa de vidraceiro ou kits próprios, conforme o material. Para quem vai pintar madeira, há que calafetar bem os vãos e tapar os buracos de pregos com massa adequada.
Importante: após lixar, limpar o pó. Parece óbvio, mas é um passo que muita gente salta. Um pano húmido ou um aspirador com escova resolve o assunto.
Limpeza: o pré-pintura que se ignora (mas que faz toda a diferença)
Já que se está de volta da parede, aproveita-se para dar uma limpeza a fundo. Nada de bolas de cotão, teias de aranha ou marcas de gordura — a tinta nova merece uma base digna. Um pano preso a uma vassoura ajuda a chegar ao teto e aos cantos, e uma mistura de detergente suave ou fosfato trissódico com água trata as zonas mais complicadas, como cozinhas e casas de banho.
Estação de trabalho: montar o quartel-general da pintura
Escolher um canto da divisão para montar uma base de operações facilita imenso. Uma porta antiga em cima de dois cavaletes faz de mesa. Pincéis, rolos, tabuleiros, trapos secos e húmidos, tudo à mão. E, claro, um caixote do lixo para evitar que o chão fique cheio de papel, fita-cola usada e restos de massa.
Manter a zona limpa e organizada é meio caminho andado para não tropeçar nem pintar o chão com o cotovelo.
Proteção: fita, lonas e fé
Nesta fase, entra a fita adesiva e as lonas. Rodapés, guarnições, tomadas, interruptores — tudo o que não se quer pintar, tapa-se com fita. Pressiona-se bem para não haver fugas de tinta. Para o chão, usar lonas forradas a plástico. Evitam que a tinta atravesse e são menos escorregadias que o plástico simples. Se forem reutilizáveis, ainda melhor. E convém ter panos por perto para emergências — a tinta não perdoa.
O toque final: preparar a própria tinta
Antes da primeira pincelada, convém mexer bem a tinta. Há quem jure por aditivos — alguns melhoram a resistência à humidade, outros ajudam no isolamento. Pode não ser obrigatório, mas em divisões como cozinhas ou casas de banho, vale a pena considerar.
No fim de tudo, pintar torna-se finalmente a parte mais simples. E, quem sabe, até dá algum gozo. Afinal, uma boa preparação não só evita tragédias como faz com que o resultado pareça profissional. E ninguém precisa de saber que se andou meia tarde a lutar com o varão dos cortinados.
Foto: Freepik
Colaboração de Buzouro
Publicado há 5 meses | Atualizado há 1 mês
Buzouro promove um estilo de vida equilibrado, sustentável e positivo através de práticas diárias que contribuem para o bem-estar individual e coletivo.
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