Ao sair do terminal de um aeroporto, a vontade de resolver tudo rapidamente pode levar à escolha mais cara: alugar um carro logo ali. É prático, sim. Mas será sensato? Em muitos casos, as empresas de aluguer instaladas nos aeroportos cobram valores significativamente superiores aos praticados fora dessas zonas. A comodidade tem preço — e nem sempre é baixo. A boa notícia é que há alternativas.
Neste artigo, exploram-se formas práticas de reduzir custos no aluguer de carros em viagens, sem comprometer o conforto nem o tempo disponível.
1. Por que motivo os aeroportos cobram mais?
Quem já alugou um carro diretamente no aeroporto notou, provavelmente, um acréscimo considerável na fatura final. Isto acontece por várias razões. A principal são os impostos específicos cobrados nos aeroportos, que podem facilmente duplicar o custo do aluguer. Mas há mais. Operar num aeroporto implica custos acrescidos para as empresas: rendas mais altas, taxas de concessão e exigências logísticas que acabam por ser refletidas nos preços ao consumidor.
Ou seja, não se trata apenas de uma questão de “aproveitamento” da situação. Há de facto um encargo adicional que, inevitavelmente, recai sobre quem aluga.
2. As alternativas fora do aeroporto
Fora dos aeroportos, os preços descem — por vezes de forma drástica. Há relatos de diferenças superiores a 60% na tarifa diária entre o aluguer no terminal e num escritório a poucos quilómetros de distância. É o típico caso de “menos glamour, mais poupança”.
Porém, este tipo de escolha vem com desafios. Ir até ao local de aluguer externo pode exigir um táxi, uma viagem de Uber ou Lyft, ou até um shuttle pago. Esse custo adicional precisa de ser contabilizado. Em alugueres de curta duração, talvez não compense. Mas em períodos superiores a três ou quatro dias, a poupança pode justificar a logística extra.
3. Como comparar de forma inteligente
Para evitar surpresas, o ideal é planear com antecedência. Eis uma abordagem simples e eficaz:
Pesquisar as melhores empresas de aluguer no destino, não apenas as mais conhecidas.
Localizar os escritórios fora do aeroporto dessas empresas.
Comparar as tarifas diárias entre o local no aeroporto e o mais próximo fora dele.
Avaliar o custo de transporte até esse local (táxi, Uber, etc.).
Verificar se a tarifa fora do aeroporto tem limitações, como quilometragem diária reduzida.
Considerar se a poupança final justifica o eventual incómodo logístico.
4. Nem sempre o mais barato é o melhor
Há ofertas baratas que, no fim de contas, saem caras. Carros velhos, serviço lento, cauções absurdas ou políticas de combustível pouco claras podem arruinar o início de uma viagem. Por isso, mais do que procurar o preço mais baixo, o ideal é procurar equilíbrio entre preço, qualidade e fiabilidade.
Empresas low cost podem ser interessantes, mas convém ler críticas recentes e perceber o que se ganha e o que se perde ao poupar alguns euros por dia.
Conclusão
Alugar um carro no aeroporto é cómodo, mas tem um custo — por vezes demasiado elevado. A boa notícia é que existe margem para poupança, sobretudo quando se planeia com antecedência e se está disposto a perder alguns minutos adicionais no início da viagem.
A chave está em comparar, calcular e decidir com base em dados reais, não em suposições. Em viagens longas, a diferença de preço pode cobrir o combustível, uma boa refeição ou até uma noite extra de hotel. Por isso, da próxima vez que pousar num aeroporto, pense duas vezes antes de seguir a multidão até ao balcão mais próximo de aluguer de carros. Pode valer a pena dar a volta.
Foto: Freepik
Colaboração de Buzouro
Publicado há 3 meses | Atualizado há 1 mês
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