Comer menos alimentos ultraprocessados: um pequeno passo para si, um grande salto para a sua saúde
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Resumo
Um estudo recente demonstrou que reduzir os alimentos ultraprocessados pode trazer melhorias visíveis na saúde em poucas semanas. Saiba o que está por trás desta mudança, quais os principais benefícios e como dar os primeiros passos de forma realista e prática.
Vivemos num tempo em que comer mal é fácil e, muitas vezes, barato. As prateleiras dos supermercados estão repletas de produtos coloridos, embalados e prontos a consumir, mas que escondem na sua composição um cocktail de aditivos, açúcares e gorduras pouco saudáveis. Chama-se a isso alimentação ultraprocessada — e, apesar de ser conveniente, está a cobrar um preço alto à nossa saúde. Um estudo recente veio lançar luz sobre o que realmente acontece ao corpo quando se deixa de consumir este tipo de alimentos. Os resultados? Menos peso, mais energia e uma série de outros benefícios.
1. O estudo que mudou o prato
A revista Obesity Science and Practice publicou um estudo, em que, com uma amostra modesta de 14 pessoas, iniciou esta experiência: durante oito semanas, os participantes receberam apoio para reduzir pela metade o consumo de alimentos ultraprocessados. Tiveram formação sobre alimentação, estratégias para resistir aos desejos, apoio económico para adquirir comida mais saudável e incentivo à colaboração no ambiente familiar.
Ao fim do programa, as conclusões foram inequívocas: uma média de menos 600 calorias por dia, redução de 50% no consumo de açúcar, 37% menos gordura saturada e 28% menos sódio. Mas os benefícios não ficaram por aí. Os participantes relataram pele mais limpa, menos inchaço, melhor disposição e até um humor mais estável. No total, perderam em média 3,6 kg — sem dietas milagrosas, sem promessas comerciais.
2. O que está (realmente) nos alimentos ultraprocessados?
Alimentos ultraprocessados não são apenas "comida empacotada". São produtos com pouca ou nenhuma matéria-prima natural e com uma lista de ingredientes digna de um laboratório químico: emulsionantes, aromatizantes artificiais, conservantes e uma quantidade de sal e açúcar que escapa muitas vezes ao olho do consumidor. Enquadram-se nesta categoria os snacks doces e salgados, refeições prontas congeladas, refrigerantes, cereais matinais "reforçados" e carnes processadas.
O problema não é apenas o que têm, mas o que não têm: fibra, vitaminas e nutrientes essenciais à saúde. Resultado? Um risco maior de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, cancro e até perturbações mentais como ansiedade e depressão, como já mostraram múltiplos estudos.
3. Como cortar nos ultraprocessados (sem cortar o prazer de comer)
Eliminar os ultraprocessados pode parecer um desafio, sobretudo quando são práticos, baratos e até viciantes. Mas há formas realistas de reduzir o seu consumo sem cair em extremismos.
Passos simples para começar:
Priorizar alimentos integrais: prefira frutas, legumes frescos, cereais integrais, leguminosas, frutos secos e proteínas magras. Nada de novo, apenas o regresso ao essencial.
Ler os rótulos: uma regra prática? Se o rótulo tem mais de 5 ingredientes com nomes impronunciáveis, é provável que esteja a segurar um ultraprocessado.
Cozinhar em casa: não precisa de ser chef. Pratos simples, com ingredientes reais, são mais saudáveis e muitas vezes mais baratos do que qualquer "refeição pronta".
Planear refeições: evita decisões de última hora que acabam em maus hábitos.
Levar snacks saudáveis consigo: para não cair em tentações de máquinas de vending ou cafés de conveniência.
Beber água: A sede pode muitas vezes ser confundida com fome.
Conclusão
Não é necessário um plano rígido nem renunciar aos prazeres da mesa. Basta começar com pequenos ajustes, conscientes e consistentes. Reduzir alimentos ultraprocessados não é um sacrifício — é um investimento. A recompensa? Mais saúde, mais energia, menos doenças no futuro.
A indústria alimentar não facilita. Mas é precisamente por isso que cabe a cada um de nós fazer escolhas informadas, proteger o corpo e exigir uma alimentação mais honesta. Afinal, quanto menos embalado for o prato, mais descomplicado será o caminho para o bem-estar.
As informações aqui apresentadas têm o objetivo de fornecer uma visão geral sobre o assunto em causa e não devem ser interpretadas como aconselhamento específico para situações individuais. É rigorosamente recomendável que os leitores realizem as suas próprias pesquisas e consultem um especialista credenciado, com experiência na matéria, antes de tomar qualquer decisão.
Foto: Freepik
Colaboração de Buzouro
Publicado há 2 meses | Atualizado há 1 mês
Buzouro promove um estilo de vida equilibrado, sustentável e positivo através de práticas diárias que contribuem para o bem-estar individual e coletivo.
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