A terapia animal como apoio à saúde emocional e física
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Resumo
A presença de um animal pode transformar por completo o ambiente de um hospital, de um lar de idosos ou de uma sala de terapia. A terapia assistida por animais, ou simplesmente terapia animal, está a ganhar cada vez mais reconhecimento como abordagem complementar no apoio à saúde mental e física. Esta prática, que envolve a interação entre pessoas e animais especialmente treinados, tem vindo a demonstrar benefícios em múltiplas áreas do bem-estar.
Ao contrário dos animais de assistência ou de apoio emocional, que se dedicam exclusivamente aos seus donos, os animais de terapia são treinados para interagir com diversas pessoas em contextos terapêuticos. O seu papel centra-se no conforto, no afeto e na promoção de um ambiente emocionalmente seguro e positivo.
Benefícios comprovados da terapia animal
Diversos estudos científicos apontam para efeitos fisiológicos e psicológicos benéficos decorrentes da terapia animal. A simples presença de um cão, cavalo ou até mesmo um coelho pode induzir relaxamento, diminuir os níveis de stress e ansiedade, reduzir a pressão arterial e estabilizar o ritmo cardíaco. Em sessões de terapia da fala, por exemplo, a inclusão de um animal pode facilitar o progresso, sobretudo em crianças com perturbações do espectro do autismo.
Além do efeito calmante imediato, a interação com animais estimula a libertação de hormonas como a serotonina, a prolactina e a oxitocina — associadas à regulação do humor, à empatia e à redução da dor. Estes benefícios tornam a terapia animal especialmente útil para pessoas em processos de luto, solidão prolongada ou em luta contra a depressão e o stress crónico.
Aplicações em diversas condições de saúde
A terapia animal não se limita ao apoio emocional. Tem-se revelado eficaz como complemento em tratamentos de doenças físicas e neurológicas. Pacientes com Alzheimer, cancro, dor crónica ou doenças cardiovasculares têm demonstrado melhorias no seu estado emocional e até na resposta aos tratamentos convencionais quando integrados em programas de terapia assistida por animais.
A abordagem é igualmente utilizada em situações de resistência à psicoterapia tradicional, perturbações de stress pós-traumático, dependências, autismo e outras condições que afetam a qualidade de vida e o bem-estar emocional.
Para quem é indicada esta terapia
A terapia animal pode ser uma mais-valia para pessoas de todas as idades, desde crianças a idosos, desde que exista uma ligação positiva com os animais e não haja contraindicações clínicas. Pessoas com alergias, feridas abertas ou com o sistema imunitário comprometido devem, no entanto, procurar aconselhamento médico antes de iniciar qualquer tipo de terapia com animais, pois há riscos de infeções, mesmo com animais bem cuidados.
Além disso, é importante que os programas sejam conduzidos por profissionais qualificados e que os animais envolvidos estejam certificados, vacinados e preparados para lidar com uma grande variedade de estímulos humanos e ambientais.
Os animais mais comuns e o seu papel
Embora os cães sejam os animais mais associados à terapia animal, há cada vez mais diversidade na escolha dos companheiros terapêuticos. Gatos, cavalos, coelhos, pássaros e até porquinhos-da-índia têm sido utilizados com sucesso em diferentes contextos clínicos e terapêuticos. O fator determinante não é tanto a espécie, mas sim o temperamento, o treino e a capacidade de estabelecer vínculos positivos com as pessoas.
Os cavalos, por exemplo, são utilizados em terapias ao ar livre, particularmente eficazes no tratamento de perturbações do desenvolvimento, dificuldades motoras e problemas de autoestima. Os répteis e pequenos mamíferos, por sua vez, podem ser mais indicados em situações onde o contacto com animais menos convencionais desperta a curiosidade e o envolvimento emocional.
Um caminho complementar, nunca substituto
É fundamental perceber que a terapia animal não substitui tratamentos médicos ou psicológicos convencionais, mas pode ser uma excelente ferramenta complementar. Os seus benefícios decorrem da combinação entre vínculo emocional, estímulo físico e ambiente acolhedor proporcionado pelos animais.
Integrar esta abordagem em lares, escolas, clínicas ou programas comunitários pode não só melhorar a qualidade de vida das pessoas envolvidas, como também criar novas oportunidades de conexão, empatia e crescimento emocional.
Foto: Freepik
Colaboração de Buzouro
Publicado há 6 meses | Atualizado há 1 mês
Buzouro promove um estilo de vida equilibrado, sustentável e positivo através de práticas diárias que contribuem para o bem-estar individual e coletivo.
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